Uma Imagem que Plantou o Amanhã: A Primeira FENASOJA e o Marco da Mecanização Agrícola Brasileira

Santa Rosa, 1966. A cidade vivia um momento histórico ao sediar a primeira edição da FENASOJA, feira que se tornaria um dos principais eventos do agronegócio no sul do Brasil. Em meio à efervescência daquele cenário, um stand em especial capturava a atenção dos visitantes: o da SLC (Schneider Logemann & Cia), que expunha um símbolo de inovação e progresso — a colheitadeira automotriz modelo 65-A, a primeira fabricada no Brasil.

A presença do equipamento não era apenas uma exibição tecnológica; era um marco de transformação. Pela primeira vez, o sonho da mecanização agrícola ganhava forma nacional, fruto da engenharia e da ousadia de empreender em solo brasileiro. A 65-A, com sua imponência, representava mais do que um avanço mecânico: simbolizava a esperança de um novo tempo para a agricultura, capaz de elevar a produtividade e dignificar o trabalho no campo.

Naquele momento, nascia algo além de uma feira. Nascia a confiança de que o Brasil poderia trilhar seu próprio caminho no desenvolvimento agrícola, sem depender integralmente de tecnologias importadas. A SLC, com sua colheitadeira pioneira, ajudava a semear uma visão de futuro — um futuro de modernização, competitividade e orgulho nacional.

Hoje, ao revisitarmos essa fotografia histórica, capturada por um funcionário da John Deere, o sentimento é de respeito e gratidão. Respeito por aqueles que acreditaram quando tudo parecia apenas um ideal distante. Gratidão por uma geração de empreendedores e agricultores que souberam construir, com suor e perseverança, os alicerces de um agronegócio que se tornou referência mundial.

Foi ali, em Santa Rosa, no ano de 1966, que a SLC não apenas apresentou uma máquina; ajudou a plantar o amanhã.

Créditos: Enviado por internauta

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